Arte Paleocristã ou Arte cristã primitiva data do início do século II até o final do século V. Após o sec. V inicia-se a arte Bizantina.
Como nos primeiros séculos professar a fé cristã foi ferozmente perseguido pelo Império Romano, sendo considerado religião das classe baixas, as primeiras manifestações artísticas foram produzidas principalmente em catacumbas, tuneis subterrâneos onde se enterravam os pagãos, judeus e os primeiros cristãos.

Do primeiro século após o nascimento de Jesus nada foi encontrado, acredita-se que pela precariedade do que possa ter sido produzido. Até hoje só se conseguiu registro a partir de séc. II, sendo a imagem mais antiga conhecida a de Maria com o Menino Jesus, um afresco bidimensional e de boas proporções

Foi na arte Paleocristã que surgiram os primeiros símbolos de representação de Jesus. Para que os cristãos conseguissem eventualmente e furtivamente usar os mesmos templos onde se professava as religiões pagãs utilizavam símbolos como o peixe (ictus), pavão, Cordeiro de Deus ou âncora e assim se confundiam com os pagãos para não serem identificados por qualquer pessoa, apenas pelos cristãos. Nos primeiros séculos não se usava a representação da cruz, pois a crucificação era identificada como castigo para os marginais e ladrões.

Só a partir do Século IV com a descriminalização do cristianismo por Constantino que a arte Paleocristã se expande para a arquitetura, iluminuras e escultura.

A Basílica de Constantino em Tréveris, construída nos padrões das basílicas gregas e romanas, com uma grande nave central com 2 corredores que a ladeavam e uma abside semicircular no final, onde ficava o trono do imperador Constantino, foi rapidamente aproveitada para os novos cultos cristãos.

Menino Jesus

A mais antiga imagem conhecida de Maria com o Menino Jesus. Século II, Catacumbas de Santa Priscila, Roma.

Basílica de Constantino

A Basílica de Constantino em Tréveris.

Também foi por ordem de Constantino que um desenvolvimento atribuído a arte Paleocristã aconteceu. Foram construídas em Roma e em Nova Roma (Constantinopla) as primeiras basílicas com um transepto, que é uma parte que atravessa a construção de forma perpendicular e fazia com que a construção passasse a ter forma de cruz.
O mosaico, que já era técnica conhecida foi muito utilizado para a decoração de paredes e tetos das basílicas, mas poucos sobreviveram aos dias de hoje.
Assim como as iluminuras, técnica também já conhecida, agora com a aceitação fé cristã pelo império foram amplamente usadas para difundir o cristianismo que passou a se basear em textos sagrados da bíblia. Os textos sagrados desde o século II a.C. com a introdução do pergaminho adquiriram grande importância pela maior facilidade na forma de produção e manuseio.
As esculturas na arte Paleocristã se baseavam em busto dos imperadores e em dípticos de marfim que eram usados para guardar manuscritos sagrados. 

Piso em mosaico

Piso em mosaico da Igreja da Natividade, em Belém.

Cristo e dois apóstolos

Díptico de marfim, representando Cristo e dois apóstolos, século V.